Por que damos valor às vidas humanas? Por que achamos que o mundo deva ser justo? Por que devemos nos importar com a natureza? Quais as motivações das pessoas? E que nome dar a todas as coisas da vida que não entendemos, não sabemos descrever, mas com as quais temos de lidar o tempo todo?




E se todas as coisas que as pessoas falaram forem mentira?

por Leo

- Quanto de nossas vidas não passam de ilusões, ficções, teorias e auto-enganos?
- Quanto delas nós não determinamos por causa de nossas crenças nestes?
- Ignorando-se aquilo que nos foi ensinado e dito, o que podemos ter certeza que é real?
- Estamos vivendo teorias falsas?
- Podemos dizer que vivemos a realidade?
- Poderíamos ver isto de outra maneira?
- Como incorporar esta noção?

Bom, num desses dias, num estado indescritível ainda não enumerado, eu pensei que minha vida está cada vez mais abstrata e longe daquilo que posso sentir e ver diretamente. Pensei que minha visão da realidade é bastante artificial, e que posso estar vivendo uma porção de coisas que não passam de idéias falsas... e se não sou o que acho que sou, e se as pessoas não funcionam da maneira como acho que funcionam, e se estamos todos nos enganando, procurando coisas que não existem, sendo forçados por barreiras imaginárias?

Acho que muitas coisas das quais acredito foram pensadas por mim mesmo, e por isto mesmo acredito, mesmo que eu acredite que não sou tão bom pensador assim... as demais foram ditas pelas pessoas ao meu redor, em diversas circunstâncias, e também não sei se são verdade.

É claro que não posso desprezar todo o conhecimento acumulado pela humanidade, mas queria saber até que ponto eu vivo numa realidade real, concreta, paupável, e até que ponto vivo uma realidade fictícia que criamos para tentar entendê-la, mas que são apenas idéias.

Eu já mencionei esta questão antes; podemos dizer que vivemos a realidade se tantas coisas que vivemos são imaginadas e, muitas vezes, impossíveis em princípio? Neste outro post eu falava sobre valorizar mais as ficções, as fantasias, uma vez que nós acabamos as vivendo. Mas neste momento estou preocupado em saber no que podemos acreditar, no que nós podemos saber que é real.

Não tenho a intenção de ser romântico nem nada assim, mas acho que o que tenho certeza de ser real são as coisas naturais, as plantas, a terra, o céu, os animais, e as pessoas, o que elas fazem, o que elas expressam. O resto é presunção. O resto são um jeito de tentar organizar essas coisas que a gente não sabe ou não entende. O resto são artificialidades com interesses diversos.

Queria que essas coisas fossem mais claras para mim, queria saber conviver melhor com minhas fantasias e ficções, e queria saber o que eu acho que é real.