Sobre o significado das coisas
por Leo
Nonoi, essa é minha interpretação das coisas que a gente viu...
acho que o Frege não necessariamente discorda de Locke, mas dá um passo além. Locke fala que a comunicação e portanto as proposições e sentenças não se referem aos objetos reais (o carro azul), mas às concepções individuais que temos deles (o modo como os imaginamos, as representações mentais, etc). Frege disse então que não devemos confundir os conceitos e significados das coisas com essas concepções individuais, por exemplo o conceito de número não depende do que você imagina quando pensa nele. De modo que então, embora as proposições tragam representações mentais, que são usadas para sua formulação e compreensão como propõe o Locke, o significado e conceitos não são essas representações, e eles têm uma forma que independe delas, embora como Frege diz, elas possam falar muito sobre eles. Acho que ele quis dizer que os conceitos e significados das proposições são coisas mais profundas, que as representações mentais são construídas a partir deles, mas não são eles. Se pensarmos assim, dá para falar que de fato não falamos das nossas concepções das coisas, embora elas sejam as que nos vêm à mente, mas falamos das próprias coisas (pois na verdade falamos do significado, do que as representações mentais representam), usando essas representações mentais apenas como instrumento.
Por exemplo, quando falo carro azul, eu penso no carro azul e me vem uma imagem do carro azul que eu conheci e vi, que é diferente do seu, e uso essa imagem para falar dele, mas essa imagem é baseada no significado de "carro azul", que é uma coisa mais profunda, de modo embora construa e entenda usando a imagem, na verdade falo do significado (que é o próprio carro que vi), embora pareça que falamos do carro que imaginamos.
Acho que o Frege acha que o significado, os conceitos são coisas formais, como os objetos matemáticos, são definíveis, têm propriedades. E é por isso que não são as coisas que imaginamos.
Não sei exatamente onde entra o Wittgenstein, mas acho que ele tenta organizar esse sistema falando por exemplo que significados se associam a fatos e não a coisas.
Mas não sei se essa interpretação procede, é só o jeito que eu entendi... seria necessário estudar mais os textos para ver.
acho que o Frege não necessariamente discorda de Locke, mas dá um passo além. Locke fala que a comunicação e portanto as proposições e sentenças não se referem aos objetos reais (o carro azul), mas às concepções individuais que temos deles (o modo como os imaginamos, as representações mentais, etc). Frege disse então que não devemos confundir os conceitos e significados das coisas com essas concepções individuais, por exemplo o conceito de número não depende do que você imagina quando pensa nele. De modo que então, embora as proposições tragam representações mentais, que são usadas para sua formulação e compreensão como propõe o Locke, o significado e conceitos não são essas representações, e eles têm uma forma que independe delas, embora como Frege diz, elas possam falar muito sobre eles. Acho que ele quis dizer que os conceitos e significados das proposições são coisas mais profundas, que as representações mentais são construídas a partir deles, mas não são eles. Se pensarmos assim, dá para falar que de fato não falamos das nossas concepções das coisas, embora elas sejam as que nos vêm à mente, mas falamos das próprias coisas (pois na verdade falamos do significado, do que as representações mentais representam), usando essas representações mentais apenas como instrumento.
Por exemplo, quando falo carro azul, eu penso no carro azul e me vem uma imagem do carro azul que eu conheci e vi, que é diferente do seu, e uso essa imagem para falar dele, mas essa imagem é baseada no significado de "carro azul", que é uma coisa mais profunda, de modo embora construa e entenda usando a imagem, na verdade falo do significado (que é o próprio carro que vi), embora pareça que falamos do carro que imaginamos.
Acho que o Frege acha que o significado, os conceitos são coisas formais, como os objetos matemáticos, são definíveis, têm propriedades. E é por isso que não são as coisas que imaginamos.
Não sei exatamente onde entra o Wittgenstein, mas acho que ele tenta organizar esse sistema falando por exemplo que significados se associam a fatos e não a coisas.
Mas não sei se essa interpretação procede, é só o jeito que eu entendi... seria necessário estudar mais os textos para ver.
1 Comentários:
só esse tikinho que vc falou ficou mil vezes mais sexy do que meu trabalho... deve ser pq vc é todo sexy mesmo... já eu... tenho que meesforçar muito para parecer um pouco entendida de qualquer coisa que seja.
Resumindo, gostei do que vc escreveu, e concordo.
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