Por que damos valor às vidas humanas? Por que achamos que o mundo deva ser justo? Por que devemos nos importar com a natureza? Quais as motivações das pessoas? E que nome dar a todas as coisas da vida que não entendemos, não sabemos descrever, mas com as quais temos de lidar o tempo todo?




Mínimo Múltiplo Comum

por Outro corpo em movimento

Aqui, existe um desejo de obtenção
Alguma tecnologia ultrapassada
E uma série de doenças psicosociais

Aqui, é feita a manutenção do tédio
A desintoxicação do impróprio
E uma tentativa anêmica do inédito

Aqui, esconde-se as coisas sob o pretexto da decoração
Ensaia-se regularmente a autonomia,
Ignora-se quaisquer fedores, quaisquer horrores
E quaisquer evidências caóticas de monotonia.

Tal como aí.
Que também há um espelho que não reflete,
Só refrata.
Uma certeza que não esclarece,
Porém conforta
Um bocejo que não expressa,
Apenas disfarça.
E um crivo que raramente peneira
Mas frequentemente descarta.

Aqui e aí,
Existe a tristeza embolorando entre os dedos dos pés
Sob as axilas e os calcanhares,
Esforçando-se para parecer temporária
Sobretudo, existe a insistência
De ambos os cantos da existência
De ficar justificando a distância entre elas
Como se isso não passasse de auto-complacência.

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